A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) adotará como padrão – em novos processos licitatórios – as especificações de um novo ligante asfáltico que vai melhorar a qualidade do asfalto, oferecendo maior durabilidade e maior conforto e segurança para os motoristas. Essas alterações não impactarão os cofres públicos, uma vez que o custo unitário da mistura asfáltica será o mesmo.
Além disso, a maior durabilidade da massa asfáltica fará com que os custos de manutenção das vias sejam reduzidos, pois a frequência de intervenções nas pistas será diminuída, causando menos interrupções no trânsito, reduzindo engarrafamentos e, consequentemente, a emissão de poluentes no ar.
No início do Governo Rollemberg, a Divisão de Apoio Técnico (DIATEC), da Novacap, decidiu retomar os estudos sobre a qualidade da pavimentação asfáltica no Distrito Federal, em busca de soluções que fossem mais adequadas às condições climáticas da cidade.
A equipe técnica realizou diversos experimentos e conseguiu comprovar uma suspeita antiga, a de que o asfalto utilizado desde a inauguração da cidade não era de fato o mais apropriado para o clima do cerrado. Os estudos realizados no Laboratório de Asfalto da Novacap comprovaram que a nova massa asfáltica tem um grau de resistência de pelo menos 20% a mais do que a fórmula antiga.
Na época da construção de Brasília, o modelo de mistura asfáltica – composta por Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP) adicionada à brita e areia – adotado nas vias do Distrito Federal veio de São Paulo. Apesar de ser um produto de qualidade, o CAP 50-70 era indicado para climas mais frios e com temperaturas mais amenas como às daquele estado.
Os estudos mostraram que o material utilizado, desde então, tinha como principais características: baixa viscosidade e alto grau de fluidez, o que seria ideal para regiões mais frias, como Sul e Sudeste.
Em regiões mais quentes, como é o caso do DF, o calor faz com que essa massa asfáltica fique sujeita a deformações, irregularidades e afundamentos, comprometendo assim a durabilidade do asfalto e expondo os condutores a instabilidades e desconforto no trânsito.
Para corrigir esses problemas, a DIATEC/Novacap manteve a mesma curva granulométrica da pavimentação asfáltica, mas substituiu o CAP 50-70 pelo CAP 30-45, o que causou uma mudança significativa na qualidade da massa asfáltica, aumentando de forma substancial sua qualidade.