Notícia aberta
Iniciativa conjunta trabalha para normalizar Vicente Pires
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Os resultados já são visíveis: em um fim de semana, foram mais de 35 ações e 15 pistas recuperadas. As ruas mais críticas agora têm circulação, o lixo acumulado por correntezas é recolhido, o mato é aparado e vazamentos são consertados. Enquanto for necessário, todos estarão a postos para resolver os problemas de forma emergencial. Nas ruas, a população reconhece o esforço do governo em minimizar os inconvenientes.
“A gente está precisando de melhora, de suporte do governo”, avalia o aposentado Luiz Carlos Rodrigues, 65 anos. “É para beneficiar todo mundo. É bom ver as máquinas por aqui, o pessoal trabalhando até no fim de semana para trazer melhorias.” Há oito anos morador da Chácara 25, na rua 4, ele diz que não vê a hora de as obras definitivas ficarem prontas, mas sente alívio por acompanhar as intervenções acontecendo para minimizar os impactos da chuva na rotina da população.
“Recebemos Vicente Pires em situação um pouco complicada por causa das obras iniciadas em 2015 e por causa do período chuvoso que se alongou em pelo menos um mês”, conta o secretário de Obras e Infraestrutura, Izidio Santos. “Agora as chuvas foram embora, pelo menos naquela intensidade, e colocamos todo esse pessoal – secretariado, autarquias, estatais – para que possamos dar normalidade e mobilidade à cidade”.
O Gabinete de Gestão de Crise instalado dentro da Administração Regional de Vicente Pires seguirá por tempo indeterminado, mas as ações emergenciais vinculadas não são definitivas. O gabinete é composto por 20 secretarias, autarquias e empresas públicas, que fazem parte de uma força-tarefa multidisciplinar para minimizar imediatamente os efeitos da falta de infraestrutura no local. Entre os serviços, há patrolamento de vias, limpeza de trechos, roçagem de grama, troca de lâmpadas queimadas e instalação de meios-fios.
Ao todo, serão investidos R$ 460 milhões em obras que atenderão 2,2 mil hectares de área total, beneficiando 75 mil moradores. A pavimentação de ruas chegará a 253,4 quilômetros. Também serão construídos 468 quilômetros de meios-fios. “É preciso entender que não basta parar a chuva”, adverte o secretário de Obras. “Precisamos de um período de tempo seco para fazer a pavimentação asfáltica. Está tudo pronto para isso, as empresas estão a postos.”
Gabinete – A coordenação do trabalho do Gabinete de Gestão de Crise fica por conta de Marcelo Galimberti, subsecretário de Acompanhamento e Fiscalização de Obras (Suaf) da Secretaria de Obras e Infraestrutura. O titular da pasta, Izidio Santos, despachará diretamente da administração às segundas e quintas-feiras. Além deles, o grupo é composto pelas pastas de Cidades, Comunicação, Relações Institucionais Saúde, Meio Ambiente e o Conselho Permanente de Políticas Públicas e Gestão Governamental do DF (CPPGG/DF).
Também participam do comitê a Companhia da Nova Capital (Novacap), o Departamento de Estradas e Rodagem (DER), o Departamento de Trânsito (Detran), a Companhia Energética de Brasília (CEB) e a Companhia de Abastecimento e Saneamento Básico (Caesb). Ainda estão presentes o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), a Polícia Militar (PMDF), a Defesa Civil, a Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), o Banco de Brasília (BRB), o DFTrans e o DF Legal. Detentos vinculados à Subsecretaria do Sistema Penitenciário também atuam nas melhorias.
Tempestades – A atenção a Vicente Pires não começou após a série de tempestades e nem parou com a chegada das precipitações. Em fevereiro, após um temporal, o governo interveio imediatamente para minimizar os problemas. Mais de 80 bocas de lobos foram limpas, bem como foram removidos entulhos, lixo e cascalho de lugares onde causavam alagamentos. O programa SOS DF também passou pela região. Entre 13 e 15 de março, foram executados serviços de serviços de tapa-buraco, pintura de meio-fio, limpeza e poda.
A Companhia Energética de Brasília (CEB) tem feito a remoção de postes que interferem na execução das vias e da pavimentação, enquanto a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) rebaixa a rede e desloca as válvulas de redução de pressão e dos hidrantes. Ao mesmo tempo, o GDF manteve as obras de drenagem na cidade com escavações subterrâneas e a construção de 182 quilômetros de galerias pluviais e de lagoas para captação das águas.